Da teoria urbana ao regime urbano

Authors

  • Barbara Lúcia Pinheiro de Oliveira França Universidade Federal de Minas Gerais

Keywords:

Regime Urbano, Coalizões Urbanas, Política Urbana

Abstract

Este artigo tem o propósito de resgatar contribuições teóricas e metodológicas dos estudos urbanos relacionados à Teoria do Regime Urbano (TRU), presentes na literatura internacional, mais precisamente na academia anglófona. Inicialmente, contextualiza-se a origem teórica da TRU. Em seguida, faz-se a exposição de seu conceito, o qual, de acordo com seus principais estudiosos se refere, sumariamente, à leitura de coalizões existentes na cidade, e a capacidade de influência dos diversos atores públicos e privados da arena urbana no processo de definição, molde, propósito e rumo da agenda de desenvolvimento. Na terceira parte do artigo, resgata-se a anatomia metodológica da TRU, a partir de algumas de suas principais variáveis explicativas (condições de mercado, apoio intergovernamental, controle popular, cultura local), que se consubstanciam em um quadro tipológico de Regime Urbano à escala local e global.

Author Biography

Barbara Lúcia Pinheiro de Oliveira França, Universidade Federal de Minas Gerais

Bárbara Lúcia Pinheiro de Oliveira França - Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio doutoral sanduíche na Universitat de Barcelona. Bolsista de Pós-Doutorado (PDR) FAPERJ – INCT Observatório das Metrópoles. Professora Voluntária na Escola de Arquitetura da UFMG

References

Almeida, R. P., & MONTE-MÓR, R. L. D. M. (2017). Renda da terra e o espaço urbano capitalista contemporâneo. Brazilian Journal of Political Economy, 37(2), 417-436.
Arantes, P. F. (2009). Em busca do urbano: marxistas e a cidade de São Paulo nos anos de 1970. Novos Estudos-CEBRAP, (83), 103-127.
de Arruda, L. R. V., & Kerbauy, S. T. M. Estudos sobre Elites Políticas e Poder Local. Revista Política Hoje-ISSN: 0104-7094, 25(1), 11-40.
American Journal of Sociology (1938) , vol. 44, n. 1, pp. 1-24, www.jstor.org/stable/2768119.
Betancur, J. J. (2002). The Politics of Gentrification: The Case of West Town in Chicago. Urban Affairs Review, v. 37, n. 6, p. 780–814, jul.
Brandão, C., COSTA, E., & ALVES, M. (2007). Territórios com classes sociais, conflitos, decisão e poder. Desenvolvimento territorial, segurança alimentar e economia solidária. Campinas: Alínea, 1-25.
Brenner, N. (2010). O que é a teoria crítica urbana. Revista eletrônica e-metropolis, ano, 1.
Castells, M. (1978). City, class and power. In: City, class and power (pp. 167-173). Palgrave, London.
Coelho, E. P.(2000). É ainda possível uma teoria crítica?. Jornal Público. Portugal, 15 de julho de 2000. Disponível em: https://www.publico.pt/2000/04/15/jornal/e-ainda-possivel-uma-teoria-critica-142680. Acesso em dezembro de 2019.
Cuin, C. H., Gresle, F., & Hervouet, R. (2017). Histoire de la sociologie. De 1789 à nos jours.
Dahl, R. A. (2005). Who governs?: Democracy and power in an American city. Yale University Press.
Di Gaetano, A. (1997). Urban governing alignments and realignments in comparative perspective: Developmental politics in Boston, Massachusetts, and Bristol, England, 1980–1996. Urban Affairs Review, 32(6), 844–870.
Domhoff, G. W. (2006). Mills's the power elite 50 years later.
Domhoff, G. W. (2005). The shortcomings of rival urban theories. online publication (WhoRulesAmerica. net), http://sociology. ucsc. edu/whorulesamerica.
Duneier, M., & Molotch, H. (1999). Talking city trouble: Interactional vandalism, social inequality, and the “urban interaction problem”. American Journal of Sociology, 104(5), 1263-1295.
Dunford, M.; Liu, W. (2017). Uneven and combined development. Regional Studies, v. 51, n. 1, p. 69–85.
Elkin, S. (1987). City and regime in the American republic. University of Chicago Press, Chicago.
Fainstein, N. I., & Fainstein, S. S. (1983). Regime strategies, communal resistance, and economic forces (pp. 245-82). Longman.
Frúgoli Jr, H. (2005). O urbano em questão na antropologia: interfaces com a sociologia. Revista de Antropologia, 48(1), 133-165.
Imbroscio, D. L. (1998). Reformulating urban regime theory: The division of labor between state and market reconsidered. Journal of Urban Affairs, v. 20, n. 3, p. 233-248,
John, P.; A. Cole. (1998). Urban regimes and local governance in Britain and France: Policy adoption and coordination in Leeds and Lille. Urban Affairs Review v. 33, n. 3,. p. 382- 404.
Harding, A. (1997). Urban Regimes in a Europe of the Cities?. European urban and regional studies, 4(4), 291-314.
Harvey, D. (2018). The limits to capital. Verso books.
Hochschild, J. L. (2008). Clarence N. Stone and the study of urban politics. Power in the city: Clarence Stone and the politics of inequality.
Lauria, M. (Ed.). (1997). Reconstructing urban regime theory. Sage.
Lefebvre, H. (1996). The right to the city. Writings on cities, 63181.
Lefebvre, H (2008). Espaço e política. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 192 p.
Lefebvre, H. (2003). The urban revolution. U of Minnesota Press.
Lipietz, A. (1994). Uma visão regulacionista sobre o futuro da ecologia urbana. CADERNOS IPPUR/UFRJ, 9.
Logan, J. R., Molotch, H. L., Fainstein, S., & Campbell, S. (1987). The city as a growth machine (pp. pp-199).
Marcuse, H. (2004). The new left and the 1960s: Collected papers of Herbert Marcuse (Vol. 3). Routledge.
Martins, C. B. C. (2013). O legado do Departamento de Sociologia de Chicago (1920-1930) na constituição do interacionismo simbólico. Sociedade e Estado, 28(2), 217-239.
McCann, E. (2017). Harvey Molotch. Simon Fraser University McCann, E. Harvey Molotch. In Koch, R. & Latham, A. (eds.) Key Thinkers on Cities. London: Sage, 171-176.
Milicevic, A. S. (2001). Radical intellectuals: what happened to the new urban sociology? International Journal of Urban and Regional Research, 25(4), 759-783.
Mills, C. W., & Schneider, H. (2001). The new men of power: America's labor leaders. University of Illinois Press.
Mills, C. W. (2018). The power elite. Routledge.
Molotch, H. (1976). The city as a growth machine: Toward a political economy of place. American journal of sociology, 82(2), 309-332.
Moricochi, L., & Gonçalves, J. S. (1994). Teoria do desenvolvimento econômico de Schumpeter: uma revisão crítica. Informações Econômicas, São Paulo, 24(8), 27-35.
Oliveira, F. De. A Economia Brasileira: Crítica à Razão Dualista. 4. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1981.
Park, R. E., & Burgess, E. W. (2012). The city. University of Chicago Press.
Savitch, H. V., Savitch, H. V., Kantor, P., & Vicari, S. H. (2002). Cities in the international marketplace: The political economy of urban development in North America and Western Europe. Princeton University Press.
Skowronek, S. (1982). Building a new American state: The expansion of national administrative capacities, 1877-1920. Cambridge University Press.
Soja, E. (1993). Geografias pós-modernas: a reafirmação do espaço na teoria social crítica. Zahar.
Stoker, G., & Mossberger, K. (1994). Urban regime theory in comparative perspective. Environment and planning C: government and policy, 12(2), 195-212.
Stoker, G. (1995). Regime theory and urban politics.
Stone, C. N. (1989). Regime politics: governing Atlanta, 1946-1988. University press of Kansas.
Stone, C. N. (1993). Urban regimes and the capacity to govern: A political economy approach. Journal of urban affairs, 15(1), 1-28.
Stone, C. N. (2001). The Atlanta experience re?examined: The link between agenda and regime change. International Journal of Urban and Regional Research, 25(1), 20-34.
Stone, C. N. (2015). Reflections on Regime Politics: From Governing Coalition to Urban Political Order. Urban Affairs Review, 51(1), 101–137.
Topalov, C. (1979). La urbanización capitalista: algunos elementos para su análisis. México: Edicol.
Velho, G. (2009). Antropologia urbana: encontro de tradições e novas perspectivas. Sociologia, problemas e práticas, (59), 11-18.
Wirth, L. (1938). Editors’ Introduction. in: Urbanism as a Way of Life. American Journal of Sociology, 44(1), 1-24.

Published

2019-12-01

How to Cite

França, B. L. P. de O. (2019). Da teoria urbana ao regime urbano. Revista Científica Foz, 2(2), 32. Retrieved from https://revista.ivc.br/index.php/revistafoz/article/view/137