Memória e conhecimento desde a marginalização e o esquecimento: uma aproximação entre Reyes Mate e Boaventura de Sousa Santos
Palavras-chave:
Memória, Justiça, conhecimento, epistemologiaResumo
O modelo tradicional de ciência sempre se projetou contra o chamado ‘senso comum’, considerando-o como um pensamento conservador e vulgar. Este modelo afasta os “leigos” alçando a figura do cientista ao posto mais alto da produção de conhecimento. Boaventura de Sousa Santos tem problematizado este modo de olhar o ‘senso comum’ e sua relação com a ciência de modo a não recusar o conhecimento que se forma à margem, mas de criar um ‘novo senso comum’, que em uma sociedade democrática pode ter uma vocação diferente. Esse ‘novo senso comum’ possui muitas fontes de saber, como o conhecimento produzido pelas comunidades marginais, o produto das culturas sem espaço na ordem normal ou a experiência não contada daqueles que foram vencidos na história, que será propriamente o objeto específico deste trabalho. Para isso aproximaremos o pensamento de Reyes Mate, que enfrenta a relação da ciência com os pensadores esquecidos, ao de Santos, apontando para a importância de resgatar do esquecimento a experiência dos que foram excluídos, porém não renunciaram ao pensamento.
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